segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Chaplinismos

Durante o final de semana, como atividade para casa que se completaria hoje em sala, a professora de História da Arte e da Cultura nos deixou a tarefa de assistir ao filme O Grande Ditador, de Charlie Chaplin. Eu, em minha completa falta de foco para assistir a um filme do começo ao fim sem pausas, acabei por não assistir aos 30 minutos finais. E, durante a não muito longa discussão em sala, a professora distribuiu um texto, com linhas gerais sobre o valor crítico desta produção, constando uma citação dos minutos finais - aqueles mesmos que deixei de ver. Ei-la, com alguns cortes:
"O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos ..... A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio....... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios....... Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco..... Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido."
  (Discurso final do filme O Grande Ditador)
Também durante a semana passada, para as aulas de Questões Contemporâneas, um amigo e eu ficamos encarregados da discussão sobre um capítulo de um livro de Pierre Lévy, O Manifesto dos Planetários, em que a ideia contemporânea não foge tanto a este discurso de Chaplin.

Mas o que me encheu de curiosidade mesmo foi a produção cinematográfica. Muita gente fala sobre a genialidade do Chaplin, porém somente agora - e por causa da disciplina do curso - parei para assistir a algo dele. E percebo como é mais fácil, mais cômodo, a gente ceder às mágoas, às intrigas, aos rancores. Fazer uma guerra por pouco ou nada. Não exercitar o perdão - e tantas vezes deixamos de perdoar a alguém por não nos perdoarmos primeiro por ter-lhes confiado algo. Não se policiar contra os maus pensamentos. Preferir as fofocas - as "cobrices" - ao invés de exercitar apenas as conversas produtivas, ou felizes, ou mesmo banais, mas que a ninguém prejudiquem. O portão que se abre para os sentimentos ruins muitas vezes é extremamente mais atrativo que a portinhola da Alice para as coisas boas. Mas há dois dias percebi o quanto tenho me deixado envenenar por certas mágoas e rancores, que me fervem o estômago apenas com a lembrança, e que não trarão bem a ninguém, apenas mal para mim mesma. Adoecem-me a alma.
"Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura." Agora tenho alguém ao meu lado que me proporciona cada uma destas três coisas. E concluí que quero continuar a exercitar a inteligência, entretanto, adicionar ainda mais afeição e doçura à minha vida, que tenho deixado amargar pelas demais coisas, tão pequenas coisas. Por uma vida mais chapliniana.

Mayara S.



P.S.: O trecho completo do discurso.

sábado, 27 de outubro de 2012

Ainda é segunda.
Aquela preguiça que só um início de semana, após um curto descanso e o desejo de mais conseguem causar nas pessoas. E apesar disso, tenho algo que me anima. Ainda é segunda: eu te amo.

O corpo e a mente começam a se reacostumar à rotina. Dá-se continuidade às responsabilidades de forma nem tão tediosa assim. Terça-feira. E eu te amo.

Começa o quarto dia útil e a empolgação parece reaparecer. Falta pouco para a sexta-feira. It's Wednesday! And I love you.

Mais um dia se passa, e não é só mais um dia. Pessoas muito significativas agora fazem, efetivamente, parte de mim. É quinta-feira. E eu já disse que te amo?

É fim de sexta, te amo uma semana mais, para te amar mais um final de semana inteiro. Já são 10 semanas. E eu te amo.

Mayara S.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Tocaia do náufrago

Quando pensa que tudo está pelos caminhos, para. Pensa. Revê a caminhada.
A meta é a mesma, bem como a direção parece ser. Mas por que tão sinuoso caminho? Apesar de andar para o almejado, parece, este trajeto, torto, empenado.

E como saber se está, de fato, correto? Como não temer, tão breve, que tudo se esfacele?
E, ao navegar, barco desorientado, não naufrague e se afogue em tão raso mar?


Mayara S.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

"Ai, meu Deus! Vou pegar o xarope."


Ah! Que dias para testar meus batimentos!
A vida deveria criar um sistema de créditos para as TPMs - tensões pré-monográficas. Têm a mesma intensidade das menstruais, com a diferença que duram 6 meses, não 7 dias. Ah, maldita!
Mas se para a Rochelle toda dor se resolve com um xarope, o meu tem duas pernas e cachos. Sim, xaropes ajudam a melhorar muita coisa.
E talvez quando o tombo esfriar e parar de doer tanto, eu consiga ver alguma graça ou lado positivo nisso tudo. Enquanto isso tiro proveito de cada minuto, cada abraço, cada afago regado a vinho, lasanha e coca. É o xarope que entorpece para os males da alma.


Mayara S.