sábado, 8 de fevereiro de 2014

Duas metades da lasanha.

Apesar da nossa timidez, na hora dos conflitos somos muito diferentes.
Eu brigo, você tenta amenizar.
Eu me altero, e você não acha que seja para tanto.
Eu sempre começo as discussões, e você as evita ao máximo.
Sou a pimenta enquanto você quer paz. 
Sou 8-ou-80, você, ponderado.
Na hora da briga, da cabeça quente, eu pareço exagerada, enquanto você parece passivo.

E talvez por isso a gente brigue tanto. E talvez por aquela razão é que a gente dá tão certo.

Mais do que zangas, eu amo.
Amo tua amizade, a forma como se importa comigo quando eu estou triste, como tenta me consolar com palavras, carinho ou chocolates. E vinho. Lasanha e vinho já são algo nosso. E com as azeitonas numa metade só.

Amo o melhor e mais apertado abraço da cidade, que me faz rir quando me levanta do chão, e faz me sentir abraçada até a alma. E como minhas alegrias te alegram junto.

Amo também como você me deixa envergonhada me fazendo carinho só com o olhar, e me faz baixar a cabeça enquanto imagino quão vermelha eu devo ter ficado. Mesmo depois de quase dois anos.

De como me faz respirar fundo quando saímos juntos, sinto o teu perfume e não quero mais que o cheiro se vá. 

E como amei o presente do último Natal e o que ele significa. Como você fez questão de me lembrar quantos momentos felizes eu tive no último ano, apesar de não ter sido fácil pra mim, e de como eu tenho razões para sorrir. Por me fazer chorar de felicidade.

E de cada vez que eu ouço o Chico me lembrar de ti e meu peito se aquecer. Ou dormir quase sempre em paz olhando pra gente e me lembrando dos planos bonitos que eu tenho pra gente. E os que você tem também.

Amo o amor que sinto por ti, por me fazer querer ser alguém melhor e trabalhar pra ser tão evoluída quanto você é. Pra que dure. Sempre dure.



Mayara S.