segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Pode sonhar, Alice.

Certa noite eu tive um sonho. E caminhando pelo surreal eu te encontrei. Tudo se misturou, como se eu estivesse entrando no mundo de Alice.

Sonhei, apesar de parecer muito para poucas horas de sono, que passava toda a vida ao seu lado. E isso me assustou um pouco. Não havia Gato de Cheshire para me instigar a razão nos momentos em que eu parecia querer surtar. Te deixar entrar no meu mundo foi com
o mergulhar naquele mundo confuso de Alice, que eu não conhecia e não tinha ideia de que caminhos seguir. 

Mas, diferente dela, eu sabia onde queria chegar. "Quando não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve". Acho que aqui o meu mundo e o da menina loira com laço de fita nos cabelos se divergem. Eu sabia, mesmo que o caminho parecesse tortuoso e espinhento, por vezes, qual era a minha meta. 

E esta era não mais caminhar sozinha, e sim te ter comigo por toda a rota, mesmo que isso significasse ter mais alguém além de mim para cuidar, para proteger. Mesmo desconhecendo o que nos esperaria por essa longa caminhada. Mesmo que, por vezes, eu tropece pelos galhos e pedras, por estar apavorada demais com sombras e sons estranhos de monstros que parecem querer nos devorar. 

Porque, no fim da contas, segurar tua mão, não importam as flores ou as feras que venham a aparecer, me traz conforto, confiança e coragem para essas andanças. Com esse amor onírico que me faz mais feliz. Por favor, não me acordem antes do fim.


Mayara S.